As avaliações genéticas do programa de seleção Nelore CFM são processadas por dois dos mais renomados e experientes pesquisadores da área no Brasil, os profs. José Bento Sterman Ferraz e Joanir Pereira Eler.
Essa parceria de sucesso está completando 30 anos. Tudo começou em 1994, quando “uma soma de acontecimentos positivos possibilitou a estruturação de um dos mais importantes programas de melhoramento genético do Nelore no país”, nas palavras de José Bento.
No início de 1994, José Bento e Joanir estavam nos Estados Unidos se aprimorando em melhoramento genético no Clay Center, em Nebraska. Lá foram criadas as bases para o que há de mais avançado mundialmente em termos de avaliação de bovinos de corte.
“De volta ao Brasil, falamos com Joseph Purgly, presidente da CFM à época, que desejava implantar um programa de seleção de Nelore. Tínhamos acabado de beber na fonte dos papas do melhoramento nos Estados Unidos. Saímos da CFM com todas as informações do rebanho para tabular as avaliações”, conta Joanir.
Nesse momento, sob a coordenação dos professores José Bento e Joanir, foi criado na USP de Pirassununga o Grupo de Melhoramento Genético e Biotecnologia (GMAB), cujo time ajudou a conduzir o trabalho para atingir o progresso genético e os níveis de produtividade do rebanho da CFM, reconhecidos nacionalmente.
“Lançamos o 1º Sumário em 1995. Foram muitas horas de trabalho e dedicação, mas o primeiro passo estava dado para o programa que se tornaria referência na pecuária nacional”, diz Joanir, que já soma 47 anos de formação. “Impressionante como a evolução foi e é constante. O ganho é de duas arrobas em peso ao desmame e de outras duas arrobas em peso ao sobreano. Somente pelo melhoramento da genética”, complementa.
José Bento destaca que, entre os vários méritos e inovações do programa de seleção da CFM, está a DEP de precocidade sexual das fêmeas (PP14). “Esse é um marco e se tornou uma característica altamente desejada na pecuária”, diz. “Está aí – ele assinala – um diferencial indiscutível da CFM. A empresa sempre acreditou na ciência. E colocou o resultado dessa ciência em prática. O resultado é fantástico, comprovado pela comercialização de quase 50 mil touros”.
E a parceria entre USP e CFM está pronta para os próximos 30 anos. Os Profs José Bento e Joanir, juntamente com a equipe do GMAB, seguem trabalhando em projetos de pesquisa nacionais e internacionais, renovando continuamente o conhecimento e trazendo o que há de mais avançado para as avaliações genéticas do rebanho da CFM. “Que venham os próximos 30 anos!”, comemora Tamires Neto, gerente de pecuária da CFM.